Primeira vez em Londres – 15 coisas para incluir no roteiro

Londres é o tipo de cidade que a gente pode ir mil vezes e sempre vai ter coisas para ver. Eu acabei de voltar de lá e tenho uma lista enorme de “must-sees” para a próxima viagem.

Na primeira visita, é comum querermos conhecer aqueles pontos icônicos, que nos fazem pensar “eu realmente estou aqui”. Vocês também sentem isso? Depois de passar 3 dias turistando por lá (e sofrer para decidir o que ia ficar de fora do meu roteiro), preparei esta lista com 15 coisas que achei imperdíveis em Londres.

Dia 1

1. Tower Bridge
Comecei o meu primeiro dia pela Tower Bridge, no Rio Tâmisa. Inaugurada em 1894, esta é umas das pontes símbolo de Londres e encanta pela arquitetura das suas torres em estilo gótico. A Tower Bridge é aberta para carros e pedestres. O legal é começar pela margem norte do rio, cruzar a ponte caminhando e fazer muitas fotos.

Tower Bridge vista da margem norte do Tâmisa.

Se você tiver tempo, pode também visitar a Tower Bridge Exhibition, localizada nas passarelas que ligam as duas torres. Além da exposição, que conta a história da ponte, o local oferece vistas panorâmicas da cidade e um chão de vidro para deixar o passeio mais divertido.

Tower Bridge. Adorei atravessá-la andando ;)

2. Caminhada pelo Tâmisa
Depois de cruzar a ponte, fui caminhando pela margem sul do Tâmisa até a Westminster Bridge, com direito à diversas paradinhas para apreciar a skyline da cidade e as atrações turísticas. Em um trecho, tive a companhia ilustre da Lili do Catálogo de Viagens, com quem tomei um pint de uma cerveja deliciosa e aprendi muitas coisas sobre Londres.

O trajeto de 4 km passa pelas regiões de Southwark e South Bank, onde encontram-se a prefeitura de Londres, The Shard, Borough Market, London Bridge, Millennium Bridge, Shakespeare’s Globe, Waterloo Bridge, Tate Modern, Jubilee Gardens e London Eye.

Nesta foto, feita da Tower Bridge, vemos a prefeitura de Londres (prédio arredondado, parecido com o capacete do Darth Vader) e logo atrás dele o The Shard, prédio mais alto do Reino Unido.

Na foto acima, feita na margem sul do Tâmisa, vemos o centro financeiro de Londres e 3 dos seus famosos prédios. O mais interessante é que eles possuem apelidos. Da esquerda para a direita: Walkie-Talkie (20 Fenchurch Street), Cheesegrater (Leadenhall Building, que possui formato de ralador de queijo) e Gherkin (30 St Mary Axe, que possui formato de pepino)

Nas minhas andanças passei pelo Borough Market, mas era domingo e ele estava fechado. Se estiver aberto, a dica é tomar café da manhã ou almoçar por ali.

Ruínas do Winchester Palace em Pickfords Wharf – Southwark

Seguindo pela margem do Tâmisa (com alguns desvios no caminho) cheguei no Shakespeare’s Globe. Este teatro foi inaugurado em 1599 por uma equipe de visionários, incluindo o próprio William Shakespeare. A rainha Elizabeth I frequentava as peças escritas por ele! Porém, este prédio não é o original – em 1613 o teatro sofreu um incêndio e foi reconstruído. Vinte e nove anos depois o prédio foi demolido por questões religiosas. O atual teatro é uma réplica perfeita daquele que foi inaugurado em 1599. Eu me emociono muito com estas coisas: estive em uma região da cidade que o Shakespeare e a rainha frequentavam – isso não é fantástico?

Shakespeare’s Globe

Uma das coisas que eu achei muito legal em Londres é o fato da cidade ser tão rica historicamente, mas ao mesmo tempo cheia de elementos modernos. Por exemplo, pertinho do Shakespeare’s Globe fica a Millennium Bridge, uma ponte construída em 2000, que liga a margem sul do Tâmisa à margem norte, bem em frente à St Paul Cathedral. É lindo!

Millennium Bridge e Saint Paul Cathedral

Millennium Bridge e Saint Paul Cathedral

Vista da Millennium Bridge: à esquerda da foto está o “Walkie-Talkie” (margem norte do Tâmisa) e à direita o The Shard (margem sul do Tâmisa). Ao fundo (bem ao fundo) a Tower Bridge.

Depois da Millennium Bridge, segui caminhando em direção à Waterloo Bridge. Um fato interessante é que a Waterloo Bridge foi construída principalmente por mulheres durante a II Guerra Mundial, por este motivo é popularmente conhecida como “Ladies Bridge”.

Além da vista incrível, a Waterloo Bridge conta com uma feira de livros usados que fica literalmente embaixo da ponte, chamada de Southbank Centre’s Book Market. A feira funciona diariamente, faça chuva ou faça sol.

3. London Eye
Se você gosta de ver as cidades de cima, a London Eye é uma ótima opção. É lindo! Como a cabine é toda de vidro e a roda-gigante fica bem na beira do rio, a vista é incrível e inclui diversos ícones da cidade. O passeio dura 30 minutos, mas nos horários mais movimentados as filas são gi-gan-tes.

Os preços variam entre GRB 21,20 e GRB 34,95 (sendo o fast pass o mais caro). Como eu estava sem tempo, investi no fast pass e valeu super a pena.

Vista da London Eye – Rio Tâmisa, Golden Jubilee Bridges, Southbank Centre, Waterloo Bridge e Financial District lá no fundo.

Vista da London Eye – Rio Tâmisa, Westminster Bridge, Westminster Palace e Big Ben.

Vista da London Eye – Whitehall Gardens e The Royal Horse Guards building.

4. Big Ben & Parlamento
Depois da London Eye, siga pela pela beira do rio e passe por baixo da Westminster Bridge. Ali na margem do Tâmisa, passando a ponte, fica uma das melhores vistas do Big Ben e Westminster Palace (o prédio do parlamento). Depois de tirar bastante fotos, atravesse a ponte e vá para a margem norte do rio para ver o parlamento e o Big Ben de pertinho.

Vista da margem sul do Tâmisa para Westminster Bridge e Big Ben.

Vista da Westminster Bridge : Margem sul do Tâmisa – London Eye e prédio do London Aquarium.

Big Ben visto da Westminster Bridge.

5. Westminster Abbey
Se você (assim como eu) é fã do Código da Vinci, não deixe de dar uma caminhada na rua de trás do Big Ben, onde fica a Parliament Square e a igreja Westminster Abbey. A igreja é cenário de acontecimentos importantíssimos no livro de Dan Brown e dizem que o túmulo do cientista Isaac Newton é exatamente como descrito no livro. Quando eu estive lá, a igreja estava fechada, mas conhecer por fora já foi de bom tamanho.

Big Ben visto da Parliament Square

Westminster Abbey

Cena do filme O Código Da Vinci – em frente à Westminster Abbey (Sony Pictures)

Westminster Abbey

Dia 2

6. Abbey Road
Eu amo Beatles e queria muito ter ido para Liverpool. Porém, por falta de tempo, tive que fazer um passeio otimizado.  Visitei a Abbey Road, a rua onde eles fizeram a famosa foto do álbum, que leva o mesmo nome.

Foto feita para a capa do álbum Abbey Road dos Beatles, lançado em 1969.

Abbey Road  no dia em que visitei. Queria ter feito uma foto atravessando a rua, mas não tinha ninguém para batê-la.

Nesta rua também encontra-se o Abbey Road Studios, fundado em 1931 pela EMI, famoso por ter gravado músicas dos Beatles, Pink Floyd, Duran Duran, Oasis, Amy Winehouse e Adele. Não existe tour ou visitação ao estúdio, afinal ele é um estúdio em funcionamento e as pessoas estão ali para gravar. Mas, se você ficou curioso para saber como é por dentro, pode fazer o tour virtual oferecido pelo Google. Eu achei muito legal: Inside Abbey Road.

Abbey Road Studios – Londres

Se o seu espírito consumista estiver aflorado, passe na loja que fica ao lado do estúdio – Abbey Road Shop.

Abbey Road Studios e Shop – os muros são assinados por turistas que deixam mensagens de paz e amor. Muito legal!

7. Buckingham Palace & The Mall
Outra difícil decisão: entrar ou não entrar no palácio? Pensei, pensei e a fila escolheu por mim. Não tive paciência para esperar e (por enquanto) não me arrependi da escolha. Preferi conhecer a National Art Gallery, do que entrar no palácio. Mas foi muito bacana fotografar a fachada e conhecer a vizinhança da Rainha Elizabeth II. Quando eu estive lá, estava rolando uma exposição de vestidos da rainha. Neste post, do blog Londres Pra Você, tem mais detalhes.

Memorial da Rainha Vitória e Palácio de Buckingham ao fundo.

Palácio de Buckingham

The Mall é a rua que liga o Buckingham Palace à National Art Gallery, passando pelo Admiralty Arch. Se estiver aberta, faça o roteiro caminhando por ela até chegar na Trafalgar Square. Eu tive que fazer alguns desvios, pois estava fechada (inclusive a calçada).

The Mall – a rua estava estava fechada quando passei por lá.

Admiralty Arch

No caminho para Trafalgar Square, passe no St James’s Park e no prédio do Royal Horse Guards, onde acontece uma das cerimônias de troca de guarda (Horse Guards Parade). Este local também é cenário do livro O Código Da Vinci e em 2012 foi palco dos jogos de vôlei de praia nas Olimpíadas de Londres.

Imagem oficial das Olimpíadas de Londres 2012: www.olympic.org/photos/london-2012

Prédio do Horse Guards, onde ocorre a Horse Guards Parade

8. National Art Gallery & Trafalgar Square
Mais um cenário importantíssimo do livro O Código Da Vinci. A National Art Gallery abriga diversas obras de Leonardo Da Vinci, entre elas a The Madonna of the Rocks, muito citada no livro de Dan Brown. Mas, obviamente, a galeria tem muito mais a oferecer: obras de Monet, Bellini, Van Gogh, Michelangelo e Rapahel estão entre elas. O melhor? A entrada é gratuita e eles oferecem audio guides por £4. Eu não tive tempo de ver tudo o que queria, por isso quero muito voltar!

National Gallery

Trafalgar Square, Coluna de Nelson e o Big Ben ao fundo.

9. Piccadilly Circus
A Piccadilly Circus é um dos cruzamentos mais famosos do mundo. O local é conhecido principalmente pela sua arquitetura, pelos painéis publicitários e pela fonte com a estátua de Eros (que na verdade é uma estátua de Anteros, que na lenda era o irmão de Eros – confuso, né?).

O primeiro painél publicitário foi instalado em 1895 e por muitos anos o local foi cercado por luminosos, parecido com a Times Square em Nova York. Porém, atualmente apenas um prédio continua exibindo os anúncios.

Coca-cola é o anunciante mais antigo da Piccadilly Circus.

10. Hyde Park
Depois de passar pela Piccadilly Circus, caminhei pela Piccadilly Street até o Hyde Park, um dos maiores parques urbanos do mundo. Por ser enorme, a melhor opção é alugar uma bicicleta para explorá-lo.

Jardins no Hyde Park

O Hyde Park possui uma boa estrutura de lazer, com restaurantes, cafés, banheiros públicos, passeios de carruagem, pedalinhos e até aluguel de cadeiras reclináveis!

O parque também é palco de shows e festivais de música. Já estiveram por lá: Madonna, Robbie Williams, The Killers, Paul McCartney, U2, Rolling Stones, Bon Jovi, Red Hot Chili Peppers, Queen e Foo Fighters.

11. British Museum
Inaugurado em 1753, este é o museu o mais antigo do mundo e dedicado à história da humanidade. O acervo possui  mais de 8 milhões de peças (nem todas estão expostas) –  fica difícil escolher o que a gente vai ver, né? Eu poderia passar 2 dias lá, mas não tinha todo esse tempo. Então fiz um roteiro otimizado de 2 horas e prometi (para mim mesma) que vou voltar com mais calma.

A fachada do British Museum tem inspiração na arquitetura grega.

O saguão é lindo!

Aqui encontra-se a Pedra de Roseta (chave para decifrar os hieróglifos egípcios), um acervo incrível do Egito e Mesopotâmia, além de milhares de outras coisas que eu não tive tempo de ver.

12. Sky Garden
Localizado na Fenchurch Street, este popular prédio comercial foi apelidado de ‘The Walkie-Talkie’, devido ao seu formato. O que ele tem de interessante? Um jardim no 34o andar, chamado de Sky Garden, com vistas incríveis da cidade, além de 1 bar e 2 restaurantes.

Os tours são gratuitos e podem ser reservados no website deles. Outra opção é fazer reserva em algum dos restaurantes (no mesmo website) e curtir uma refeição com vista privilegiada de Londres. Este é o site para fazer as reservas.

Dia 03

13. Notting Hill
Notting Hill é uma graça. O bairro conhecido pelas suas casinhas coloridas e famoso por ser locação do filme “Um lugar chamado Notting Hill” é realmente super charmoso.

Notting Hill

Notting Hill

Se possível, visite o bairro em um sábado pela manhã, quando ocorre o Portobello Market. Este é um dos mercados de antiguidades mais famosos do mundo e o maior da Inglaterra. Além das antiguidades, o mercado também tem algumas bancas de frutas, verduras e comidinhas. Dá até para almoçar por lá!

Portobello Market – Notting Hill

Portobello Market – Notting Hill

Portobello Market – Notting Hill

Portobello Market – Notting Hill

Se você gosta de cinema, passe também na casa de porta azul, onde morava o personagem de Hugh Grant no filme “Um lugar chamado Notting Hill”. O endereço é 280 Westbourne Park Road.

Casa da porta azul – Um Lugar Chamado Notting Hill

Cena do filme “Um Lugar Chamado Notting Hill” (Universal Pictures)

Cena do filme “Um Lugar Chamado Notting Hill” (Universal Pictures)

14. Camden Town
Camden Town é muito legal! A região é super alternativa e vibrante. As suas principais atrações são os mercados, o canal, pubs, bares e restaurantes com música ao vivo.

Eu comecei meu passeio pelo Camden Lock Market, andei pelas ruas ali pertinho e depois pela margem do Regent’s Canal. O almoço foi no The Stables Market, num lugar chamado Cafe Loren. Este restaurante é israelense e serve shakshuka, um prato com ovo poché maravilhoso!

Camden Lock e Regent’s Canal

Camden Lock Market

Ruas divertidas em Camden Town

<3 Camden Town

Trecho do Regent’s Canal, próximo ao Camden Market. Foi ótimo caminhar por ali.

Vi várias pessoas fazendo caiaque no Regent’s Canal

Trecho do Regent’s Canal, próximo ao Camden Market.

Stables Market, num lugar chamado Cafe Loren

15. Greenwich
Greenwich, na região leste de Londres, é famoso principalmente pelo Meridiano de Greenwich, que divide o globo em ocidente e oriente e serve de referência para calcular distâncias em longitudes e estabelecer os fusos horários.

Tem muita coisa bacana para ver lá! O principal motivo da minha visita a Greenwich era o Supper Club do Aprendiz de Viajante, na casa da Helô Righetto e do Martin; mas cheguei algumas horas antes para conhecer o parque, o observatório (que fica no parque) e o mercado.

O Greenwich Market, inaugurado em 1700, abre de terça a domingo e tem bancas de comida, arte, antiguidade e artesanato. O mercado fica no centrinho de Greenwich, cercado por pubs, restaurantes e lojas charmosinhas. Adorei caminhar por ali.

De lá segui para o Greenwich Park. Eu confesso que preferi o Greenwich Park do que o Hyde Park. Este é o parque real mais antigo de Londres e tem uma vista linda da cidade.

Vista do observatório.

Nesta foto vemos o Greenwich Park, Queen’s House e a cidade de Londres ao fundo.

Nesta foto (onde as pessoas estão formando uma fila), vemos o Meridiano 0.

Eu me considero uma turista super objetiva. Por isso consegui ver várias coisas em 3 dias. Além disso, o fato de estar sozinha ajudou um pouco, pois acabo fazendo tudo mais rápido quando não tem ninguém para bater papo.

No próximo post vou contar mais sobre o transporte público, o que eu comi, o que eu amei em Londres e o que está na minha lista para a próxima visita.

Vale salientar que muitas dicas desses passeios eu peguei no Guia de Londres para Iniciantes e Iniciados.