Filadélfia – Roteiro de 1 dia e meio
Coisa boa ser surpreendido positivamente por um lugar, né? Eu sabia que a Filadélfia (ou Philadelphia, nome em inglês) era uma cidade legal, mas não pensei que fosse um máximo, hahaha. O significado de Philadelphia em grego é “amor fraterno”. Por este motivo, a palavra LOVE está por tudo. Tem até monumento! Eu achei que super combina, é uma cidade apaixonante.
Fui para um congresso e aproveitei para passear um pouco. Cheguei num sábado de manhã e turistei o dia todo! No domingo fui para Nova York (passar o dia) e segunda-feira fiz turismo apenas no final da tarde (o congresso era as 8:00 as 16:00). Diríamos que, no total, fiz um dia e meio de passeios.
A Filadélfia é a maior cidade do estado da Pensilvania e a quinta maior dos Estados Unidos. Tem uma história muito rica, pois desempenhou papel importante nos primeiros anos da independência do país. Eu achei incrível a maneira com que eles exploram a história local. Realmente me senti numa cidade “poderosa”. Dá uma emoção saber que tantos fatos marcantes aconteceram por lá. Sim, eu sou dessas que se emociona com história.
Eu fiz tudo andando e foi muito legal, principalmente porque descobri várias coisas que não estavam no meu roteiro. Se você não gosta de caminhar muito, dá para fazer a “ida” andando e pegar um uber na volta.
Minha primeira parada foi no Liberty Bell, Independence Hall e Independence Square. Ficam todos um do lado do outro e é uma parte bem turística. Em frente ao Liberty Bell tem um centro informações super legal. Ali tem explicações sobre os pontos turísticos da cidade e uma loja de souvenirs muito fofos. Vale a pena dar uma olhada.
O Liberty Bell é simbolo da liberdade dos Estados Unidos. Durante o período da Revolução Americana (que aconteceu antes da independência) ele era um dos sinos usados nas sessões da Câmara Estadual da Pensilvânia. Depois disso, o seu mais famoso badalar foi em 8 de Julho de 1776, convocando os cidadãos da Philadelphia para a leitura da Declaração da Independência. Porém, foi só em 1839 que o nome “Liberty Bell” começou a ser usado, em um famoso poema contra a escravidão. Em resumo, este poema questionava como o povo comemorava a “liberdade”, se grande parte da população ainda não tinha este direito (no caso, os escravos). Interessante, né? Depois da abolição da escravatura, em 1863, o sino passou a ser associado aos conceitos de nacionalismo e liberdade, muito fortes na cultura americana.
O Liberty Bell Center fica na esquina da Market St com a 6th Avenue. Abre diariamente das 9:00 as 17:00 e a entrada é gratuita.
Bem em frente ao Liberty Bell Center fica o Independence Hall, onde foi declarada a independências dos Estados Unidos em 1776. Onze anos depois a constituição foi discutida e aprovada no mesmo local. Hoje o prédio é considerado um Patrimônio Mundial da Unesco. Como eu não tinha muito tempo, decidi não fazer o tour guiado. O tour é gratuito e dura 30 minutos. Mas os ingressos têm que ser reservados com antecedência.
A segunda parada foi na prefeitura (City Hall). A distância entre o Independence Hall e a prefeitura é de 8 quadras, mais ou menos 15 minutos andando. O prédio é muito lindo. O seu estilo arquitetônico é vitoriano, muito comum na época, cheio de detalhes e pompa. O prédio começou a ser construído em 1871 e foi inaugurado em 1901. Ele foi projetado para ser o edifício mais alto do mundo, mas tanto a Torre Eiffel quanto o Washington Monument foram concluídos antes, e ele acabou nunca sendo o mais alto. #fail.
No mesmo terreno da prefeitura está o Dilworth Park. A famosa escultura “LOVE” atualmente encontra-se neste parque, mas este não é o seu local oficial. Ela foi movida temporariamente enquanto a LOVE Square, que fica bem em frente, está passando por uma revitalização (fevereiro/2016 até maio/2017).
A região em torno da prefeitura também é muito bonita. Eu adoro quando prédios históricos e modernos dividem a paisagem da cidade, esta vizinhança é bem assim. Construções no estilo gótico ao lado de prédios com arquitetura contemporânea e várias obras de arte espalhadas pelas ruas. Muitas dessas obras são parte de um projeto chamado Museum Without Walls (Museu Sem Paredes, nome em português). O projeto tem como objetivo permitir que os visitantes conheçam a enorme coleção de arte pública e esculturas ao ar livre da cidade. Para mais informações sobre cada uma das obras é só baixar o aplicativo e fazer o tour guiado do seu próprio smartphone. Tem como não amar?
Segui caminhando em direção ao Philadelphia Art Museum e este trecho também foi lindo! Deu uns 2,5km no total, mas como fui parando a fazendo fotos, levei mais ou menos 1 hora. Esta rota é conhecida como “distrito dos museus”, pois nela enontram-se o Rodin Museum, Barnes Foundation, The Franklin Institute, Academy of Natural Sciences e o próprio Philadelphia Art Museum. Ao longo do caminho também passei por praças, muitas obras de arte e monumentos. Foi um passeio fantástico.
O final deste roteiro foi nas escadas do Philadelphia Art Museum, famosas pela cena do filme Rocky Balboa. Apesar das ricas coleções do museu, a turistada gosta mesmo é de imitar a cena das escadarias, popularmente chamadas de Rocky Steps (Degraus do Rocky). Depois de muita polêmica, uma estátua de bronze de Rocky, doada pelo próprio Stallone à cidade, foi colocada no jardim do museu, perto das escadas. Inicialmente os museus da Filadélfia se recusaram a aceitar a estátua, mas depois chegaram num meio termo. Nesta reportagem tem mais detalhes.
De lá eu peguei um uber pra voltar pro hotel e deu uns 5 dólares. No dia seguinte fui para NYC de trem. Foi super legal e eu recomendo o passeio. Quem visita Nova Iorque, por exemplo, pode tirar um dia para conhecer a Filadélfia. O trem demora mais ou menos 1 hora e 15 minutos (cada trecho) e custa $78 no total. Em outro post vou contar como foi meu dia na Big Apple.
Na segunda-feira, depois do congresso, eu saí para bater perna. Neste dia a caminhada foi mais longa. Passei pelo Old City District (parte antiga da cidade), Elfreth’s Alley (uma rua histórica) e Ben Franklin Bridge.
O Old City District é conhecido como a vizinhança mais histórica do país. Cheio de comércio, ruas e fachadas charmosas. Passeando por lá eu descobri uma sorveteria muito fofa, chamada The Franklin Fountain. Apesar de ter sido inaugurada em 2004, ela é toda em estilo anos 30 e 40. Inclusive as roupas dos funcionários. Infelizmente eu não pude provar, eles aceitam apenas dinheiro e eu só tinha cartão.
Segui em direção à Ben Franklin Bridge e no caminho passei pela Elfreth’s Alley (localizada entre a N 2nd Street e N Front Street). Esta rua possui 32 casas construídas entre 1728 e 1836 e é considerada um marco histórico nacional. Uma das casas, que na época era habitada por um casal de costureiros, atualmente abriga um museu, que conta a história do casal e de seus vizinhos. Acreditam que existem moradores em algumas das casas? Mas não são os mesmos daquela época, hahahah.
Minha última parada foi na Ben Franklin Bridge, que liga a cidade da Filadélfia (Pensilvania) à Camden, no estado de Nova Jersey. A ponte tem aproximadamente 2,5 km de extensão e uma via para pedestres. Quando eu estava lá passei por muitas pessoas correndo e andando de bicicleta. Eu super indico atravessar a ponte, pois é lindo ver a silhueta da cidade (skyline, como conhecemos aqui) do outro lado. Sem contar que foi legal ir de um estado para outro caminhando. Dica: vá no final de tarde, pois o entardecer é muito show.
Pra repôr as calorias perdidas na caminhada, indico comer o famoso Philly Cheesestaek, sanduíche de carne com queijo e símbolo gastronômico da cidade. Eu optei pelo “Sonny’s Famous Cheesestaek”, que fica no Old City District e era perto do meu hotel. Achei bem bom! Cheesestaek + refrigerante = 11 dólares.
11 Comentários
moro aqui e recomendo a todos que venham conhecer esta cidade maravilhosa. Conhecam tbm os parques daqui, são otimos
o melhor roteiro que achei na internet! dediquei 1 dia e meio para a cidade no meu planejamento e estava achando demais…agora fiquei mais animado! obrigado!
Oba! Que legal, Rafael! Tu vai adorar a cidade, é muito legal :).
Ahhh que cidade mais encantadora! Adorei a rua das casinhas! Deu vontade de morar lá né. Eu moraria! Bjoo to amando a volta!
Eu também super moraria!!!
Linda cidade!
Lindo mesmo, mamis <3.
Mi,
Adorei o post!
As esculturas “Love” e “Hope” que vi em NYC tem a ver com as da Filadélfia?
Achei o máximo o significado do nome da cidade. Eu sou super romântica, então adoraria conhecer este lugar.
E este sanduíche deu água na boca…hummm
Beijosss
Amiga querida, que delícia tu por aqui. As esculturas do LOVE estão todas relacionadas sim. Achei um artigo explicando: https://en.wikipedia.org/wiki/Love_(sculpture). Pelo jeito a Filadélfia aproveitou que o significado da cidade é este e colocou a escultura lá também. Os souvenirs (canecas, camisetas, copos, etc) todos tem o LOVE. Super beijo!
Que massa Camila!! Eu tive a chance de ir à Filadélfia e não fui… Agora esse teu post sobre o lugar me encheu de vontade de conhecer… A ponte me lembrou quando estava em Astoria, pra conhecer a cidade dos Goonies… De um lado Washington, do outro Oregon…
Pois é, Anderson. Eu já tinha tido a oportunidade (quando fui para NYC) e também deixei passar. Vou dizer que super indico passar uns 2 dias na Filadélfia, a cidade é demais. Fico feliz que tu tenha lido o post, fazia tempo que eu estava parada, hahaha.